O BOM JESUS DA LAPA DE JARDINÓPOLIS (1913-2011)
Pe. Francisco de Assis Correia.
A festa do Bom Jesus da Lapa de Jardinópolis surgiu a partir de uma mulher humilde, simples, baiana de Cordeúba, de vida bastante conturbada e nada conforme os preceitos da Igreja. Seu nome de Batismo era Juventina Pereira do Nascimento, mas ficou conhecida como Pequena do Nascimento ou, simplesmente, Dona Pequena, falecida em Jardinópolis – SP, a 17 de setembro de 1950. Baiana devota do Bom Jesus da Lapa da homônima cidade da Bahia, trouxe essa devoção para Jardinópolis. O início foi doméstico, em sua própria casa, no local onde, hoje, localiza-se o Lar São Vicente de Paulo (rua Prof. Euclydes Berardo, nº 67). Depois, passou-se a uma pequena capela perto da Curva da Morte, mais ou menos onde há a rotatória do Sagrado Coração de Jesus e, por fim, em 1919, estabeleceu-se definitivamente no local onde se encontra atualmente.
No início, a festa teve oposição de vizinhos (barulho, arruaça, etc) e de fazendeiros (trabalhadores de fazenda ficavam na cidade e não iam trabalhar na colheita de café).
Depois, começou também a oposição da Igreja, porque a festa estava nas mãos de uma mulher fora dos padrões exigidos e, além do mais, contrariando os Regulamentos paras as Festas da Diocese de Ribeirão Preto, datados de 19 de março de 1918.
Em 3 de agosto de 1928, Dom Alberto José Gonçalves, Bispo de Ribeirão Preto, estabeleceu o Interdito Proibitório da Festa. Não adiantou.
O Vigário Pe. Jayme Noguera chegou a promover a Festa da Lapa na matriz. Mas não conseguiu com isso acabar com a da Pequena.
Nem mesmo a ameaça da excomunhão (06/07/1934) aos freqüentadores e colaboradores da festa da Pequena obteve êxito!
Aos 31 de julho de 1935, com a ajuda de políticos do Partido Republicano Paulista, tendo à frente o Dr. Mário Lins, fechou-se o acordo entre a Diocese e a Pequena do Nascimento.
A partir daí, a Festa da Lapa tornou-se, então, Festa “legalizada” da Paróquia, tendo à sua frente o Vigário e uma Comissão especial para ela, aprovada pela Cúria Diocesana!
A capela foi elevada à categoria de Santuário, por Dom Arnaldo Ribeiro, então Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto, aos 27 de novembro de 2005 e sua instalação oficial deu-se em 20 de maio de 2006.
Pe. Francisco de Assis Correia.
A festa do Bom Jesus da Lapa de Jardinópolis surgiu a partir de uma mulher humilde, simples, baiana de Cordeúba, de vida bastante conturbada e nada conforme os preceitos da Igreja. Seu nome de Batismo era Juventina Pereira do Nascimento, mas ficou conhecida como Pequena do Nascimento ou, simplesmente, Dona Pequena, falecida em Jardinópolis – SP, a 17 de setembro de 1950. Baiana devota do Bom Jesus da Lapa da homônima cidade da Bahia, trouxe essa devoção para Jardinópolis. O início foi doméstico, em sua própria casa, no local onde, hoje, localiza-se o Lar São Vicente de Paulo (rua Prof. Euclydes Berardo, nº 67). Depois, passou-se a uma pequena capela perto da Curva da Morte, mais ou menos onde há a rotatória do Sagrado Coração de Jesus e, por fim, em 1919, estabeleceu-se definitivamente no local onde se encontra atualmente.
No início, a festa teve oposição de vizinhos (barulho, arruaça, etc) e de fazendeiros (trabalhadores de fazenda ficavam na cidade e não iam trabalhar na colheita de café).
Depois, começou também a oposição da Igreja, porque a festa estava nas mãos de uma mulher fora dos padrões exigidos e, além do mais, contrariando os Regulamentos paras as Festas da Diocese de Ribeirão Preto, datados de 19 de março de 1918.
Em 3 de agosto de 1928, Dom Alberto José Gonçalves, Bispo de Ribeirão Preto, estabeleceu o Interdito Proibitório da Festa. Não adiantou.
O Vigário Pe. Jayme Noguera chegou a promover a Festa da Lapa na matriz. Mas não conseguiu com isso acabar com a da Pequena.
Nem mesmo a ameaça da excomunhão (06/07/1934) aos freqüentadores e colaboradores da festa da Pequena obteve êxito!
Aos 31 de julho de 1935, com a ajuda de políticos do Partido Republicano Paulista, tendo à frente o Dr. Mário Lins, fechou-se o acordo entre a Diocese e a Pequena do Nascimento.
A partir daí, a Festa da Lapa tornou-se, então, Festa “legalizada” da Paróquia, tendo à sua frente o Vigário e uma Comissão especial para ela, aprovada pela Cúria Diocesana!
A capela foi elevada à categoria de Santuário, por Dom Arnaldo Ribeiro, então Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto, aos 27 de novembro de 2005 e sua instalação oficial deu-se em 20 de maio de 2006.