A Caminho da Pascoa: Acreditar na Solidariedade, na Partilha é corresponder ao mandato apostolico deixado por Jesus Cristo... somos discipulos e missionarios, chamados a servir ao proximo com caridade, solidariedade e partilha.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

3. Solidariedade


Francisco de Assis Correia*



A CFE-2010 insiste na solidariedade. Esta precisa ser apreendida.


“Aprender a solidariedade significa amar o próximo também nas dimensões globais, em uma interdependência mundial” (nº 24).


“A solidariedade faz da humanidade uma família onde todos se protegem mutuamente. Assim problemas que pareciam insolúveis podem ter soluções surpreendentes. A partilha faz milagres” (p.59).


“A solidariedade aumenta nossa sensibilidade aos aspectos específicos da dor e da humilhação de outros seres humanos”(p.60).


“Na tradição cristã não encontramos apenas a caridade de indivíduos ou a generosa solidariedade de comunidades inteiras. Também buscou-se insistentemente soluções alternativas às estruturas econômicas injustas: criação de hospitais, construção de

escolas, organização de economia comunitária, organização de sindicatos e partilha. Hoje como no passado, as comunidades cristãs devem se interrogar sobre seu patrimônio, seu uso do dinheiro e seu compromisso com a transformação econômica e social do Pais”(p.65).


“É missão das comunidades cristãs dar testemunho de solidariedade e educar os incluídos na sociedade da abundancia e do consumismo para que valorizem o ser humano na sua dignidade e não nas aparências e adquiram espírito critico em relação à propaganda... “(p.71).


“A solidariedade aumenta nossa sensibilidade à dor e à humilhação de outros seres humanos”(p.237).


A solidariedade, no texto, é apresentada como a perspectiva “para mudar o atual rumo de desenvolvimento”; “a inclusão de todos e todas nos benefícios do desenvolvimento como direito de cidadania. Trata-se da valorização da cooperação, da responsabilidade coletiva e compartilhada em favor da construção da sociedade mais justa, com a superação das desigualdades socioeconômicas, étnicas, de gênero e de geração”(p.306).


A proposta da CFE-2010 é a Economia Solidaria entendida como “um jeito de fazer a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia e na cooperação, o que chamamos de autogestão: ou seja, na Economia solidaria não existe patrão nem empregados, pois todos os/as integrantes do empreendimento (associação, cooperativa ou grupo) são ao mesmo tempo trabalhadores e donos.


A Economia Solidária é também um jeito de estar no mundo e de consumir (em casa, em eventos ou no trabalho) produtos locais, saudáveis, da Economia Solidaria, que não afetem o meio ambiente, que não tenham transgênicos e nem beneficiem grandes empresas.


Por fim, a Economia Solidaria é um movimento social, que luta pela mudança da sociedade, por uma forma diferente de desenvolvimento, que não seja baseada nas grandes empresas nem nos latifúndios com seus proprietários e acionistas, mas sim um desenvolvimento para as pessoas e construída pela população a partir dos valores da solidariedade, da democracia, da cooperação da preservação ambiental e dos direitos humanos”(p.308)



*Padre Professor Doutor. Leciona no Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (CEARP), em Brodowski - SP

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