A Caminho da Pascoa: Acreditar na Solidariedade, na Partilha é corresponder ao mandato apostolico deixado por Jesus Cristo... somos discipulos e missionarios, chamados a servir ao proximo com caridade, solidariedade e partilha.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

JESUS. APROXIMAÇÃO HISTÓRICA (1)
Pe. Francisco de Assis Correia

Desde que o livro de José Antonio Pagola – um teólogo e biblista basco, nascido em Guipúzcoa em 1937 – foi lançado na Espanha, em 2007 (no Brasil, lançamento das Vozes, 2010), não parou de, surpreendentemente, causar impacto!
O livro mantém uma visão contemporânea e radical de Jesus Cristo!
O próprio Pagola diz:
“No meu livro apresento Jesus como conflitivo e perigoso. (...) Quando são conhecidas suas palavras de fogo, sua liberdade para defender as pessoas, seu projeto de uma variedade a serviço dos últimos ou sua crítica a uma religião vazia de compaixão, Jesus gera reações encontradas de atração ou de rejeição.”
Seus leitores confidenciaram-lhe que, ao ler Jesus, sentiram um Jesus mais vivo e próximo, “um sentido diferente para a sua vida”, despertando-lhes “o desejo de uma vida mais humana. Encontraram em meu livro algo que eu não coloquei”.
“A maioria me diz que se encontrou com um Jesus que nem sequer suspeitavam; alguns se sentiram chamados a repropor a sua vida com mais verdade e honestidade; muitos se sentiram libertos de medos e fantasmas religiosos que lhes fizeram sofrer muito apesar de terem se distanciado da Igreja; muitos ficam comovidos com um Deus amigo que ama com amor incrível e imerecido a todos os seus filhos”.
O êxito do livro foi enorme. Em dois meses, foram vendidos 40 mil exemplares e, logo, traduzido em várias línguas, inclusive em português pelas Vozes.
Mas a Conferência Episcopal Espanhola ordenou a retirada dos livros, o que motivou o seu autor a dizer:
“Jesus pode ser um desafio muito perigoso para a Igreja atual”!

JESUS. APROXIMAÇÃO HISTÓRICA (2)

Pe. Francisco de Assis Correia
02/02/2011

As objeções contra o livro de Pagola são:
- causa “confusão entre os fiéis comuns”;
- traz uma ruptura entre o “Jesus da história e o Jesus da fé”;
- acaba “deslegitimando o ensinamento da Igreja”;
- obra ariana;
- desfigura Jesus;
- um Jesus “muito humano”;
- um Jesus “mero profeta”;
- nega “a consciência filial divina”;
- nega o “sentido redentor dado por Jesus à sua morte”; etc...
Para o padre jesuíta Carlos Palácio – professor e pesquisador de teologia, em Belo Horizonte
“o segredo do livro de Pagola é ter conseguido transmitir ao leitor a sua paixão por Jesus Cristo, de tal maneira que através da leitura deste livro sentimos que chega a nós a “boa notícia” contagiante que ele era e transmitia”.
Para Faustino Teixeira – professor da Universidade Federal de Juíz de Fora – MG e brilhante teólogo leigo,
“Mediante a linguagem poética, Jesus, na linha dos grandes profetas, que encontrava a força e o vigor para “sacudir as consciências e despertar os corações para o mistério do Jesus vivo”.
No Jesus, revela-se “o segredo de um fascinante galileu”.
O próprio autor – José Antonio Pagola -, perguntado se sentia-se “presenteado ou vetado por causa do seu livro”, respondeu:
“Assumo tudo isto como algo esperado, a reação de alguns setores da Igreja... Mas não me sinto nem mártir nem profeta. Trato de ser um crente que a partir de sua paixão por Jesus trata de contribuir para uma Igreja mais evangélica a serviço de um mundo mais humano”.

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