A Caminho da Pascoa: Acreditar na Solidariedade, na Partilha é corresponder ao mandato apostolico deixado por Jesus Cristo... somos discipulos e missionarios, chamados a servir ao proximo com caridade, solidariedade e partilha.

sexta-feira, 18 de março de 2011

A FOTOGRAFIA

Pe. Francisco de Assis Correia.
17 de março de 2011.

“No futebol a cabeça é o terceiro pé” (Sergio Porto – 1923 – 1968).

Após cinqüenta anos, “Sô” Zequinha foi rever uma fotografia preciosa que ele achava que estivesse num bar de Pontal – o do “Doca”. Mas descobriu que o mesmo já não existia. Lembrou-se, então, do Vando, antigo amigo.
Vando, agora, aos 81 anos, sapateiro caprichoso e ainda no batente (anda por todo lado de bicicleta, veículo abundante em Pontal, na mão e na contra-mão). Ao vê-lo, logo se lembrou do Zequinha. Ambos emocionaram-se, relembrando aqueles tempos de jovens e de muita garra.
“Seu” Vando informou-lhe o bar em que está a procurada foto: “o bar do Carlim”.
Pressurosos mandaram-se para lá.
Dito e feito! A fotografia estampava o time que “sempre ganhava dos outros”: o time da Usina Nossa Senhora Aparecida – Usina Bartolo Carolo.
- De Pé: Edgar, Eschiaveto, Nenê, Bié, Careca, Barbosa, João Bonard;
- Agachados: Niquinho, Vander Furlan, Zequinha, Jader, Toninho Carolo.
Ano: 1961.
Encontrar a foto foi como encontrar um tesouro! O fascínio da foto como que reuniu todos no Bar do Carlim. Cada um contava um fato: “Cê lembra aquela vez que...!” Seu Vando afirmou que “o Zequinha tinha um chute forte. Forte mesmo... Não era qualquer goleiro que segurava não! Naquele jogo, assim, assim, quem marcou o primeiro gol? Zequinha...”
Quem presenciou a cena, mesmo que não tendo conhecido os craques, contagiou-se pela emoção do “Sô” Zequinha e do “Sr.” Vando: O João Luís, filho do “Sô” Zequinha, o próprio Carlim, proprietário do bar... o que uma foto faz: traz a imagem do passado, evoca memórias, produz sentimentos e emoções... torna presente um passado, religa amigos, colegas... todo um time de futebol!
Para completar, o Carlim ofereceu-lhes cerveja, como brinde e canto de curiós...
Com razão, José Lins do Rego (1901-1957) afirmou que “o futebol é, como o carnaval, um agente de confraternidade”.

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