PE. FRANCISCO DE ASSIS CORREIA
HISTORINHAS DA GIOVANNA: 4 ANOS
1. Giovanna só tem 4 anos. É filha de pais separados. Mora com a mãe e com os avós maternos.
Fica com o pai, por cerca de duas horas, às terças feiras e aos sábados ou domingos alternados.
Com o pai brinca de recortar desenhos, pintar e outras formas de entretenimento. Ou seja, o pouco tempo juntos é totalmente ocupado.
Outro dia, quando chegou a hora de guardar os brinquedos para voltar para a casa dos avós maternos, ela perguntou:
- Por que eu tenho de ir embora papai? Por quê?
2. Quando o pai foi buscá-la, outro dia, a mãe dela falou:
- Papai, a Giovanna está muito desobediente. Não obedece a mamãe, ao vovô e à vovó. Ela precisa ficar de castigo.
O pai falou à filha:
- Filhinha... olha... o papai, lá em casa, tem uma lousa, onde ele anota: se você desobedeceu... ele vai marcando com pontinhos, quantas vezes você desobedeceu... aí, você pode não brincar um dia, outro dia você não vai passear... entendeu?
A Giovanna ficou séria, olhando para o rosto do pai. Entrou no carro, atrás, na sua cadeirinha e quando o carro começou a andar, perguntou, preocupada, a seu pai:
- Papai... onde está a lousa?
O pai, sem graça, mentiu, respondendo:
- Filhinha, o papai deixou a lousa no caminhão...
A menina ficou sossegada e olhou o movimento da rua...
3. Doutra vez, andando de carro com o pai, esse atravessou a rua com o sinal fechado, vermelho.
Giovanna, sentada na sua cadeirinha, atrás, falou:
- Papai... você fez uma coisa que não pode fazer... você passou com o sinal vermelho... não pode, papai... é perigoso, viu?
4. Na hora de levar de volta a Giovanna para a casa dos avós maternos, o pai dela procurava a chave do carro e perguntava:
- Pai, você viu a chave do meu carro? O mãe, você não viu onde deixei a chave do carro?
E foi aquela busca...
Quando, enfim, foi encontrada, Giovanna disse:
- Papai... aqui tem muita coisa... precisa jogar fora muita coisa... viu, papai?
5. Outro dia, ao sair da casa do pai e ao levá-la para a casa dos avós maternos, o pai dela puxou a porta que, raspando o chão, produziu um forte barulho. Giovanna não teve dúvida em dizer:
- Papai precisa passar óleo na porta! O vovô lá em casa passa óleo nas portas, nas janelas...
6. Em cima do guarda-roupa do pai, havia uma grande bola branca de plástico.
Giovanna:
- Papai... posso brincar com aquela bola de lá de cima?
O pai:
- Filhinha... o papai precisa lavar a bola pra você brincar... ela está toda empoeirada... da próxima vez que você vier... o papai vai lavar a bola... aí... você vai brincar com ela.
Dias depois, quando voltou, Giovanna, ao entrar no quarto, perguntou:
- Papai, você lavou a bola?
O pai:
- Ô filhinha... o pai esqueceu. Vamos lavar agora...
7. Almoçando com os avós paternos, a avó disse à Giovanna:
- Giovanna... vem um dia, aqui, pra você dormir com a vovó... você vem?
Giovanna:
- Mas eu não trouxe a minha camisola, vovó... ficou lá, na minha casa...
8. A avó passava pomada no joelho do João Luís e este parecia dormir.
Giovanna dizia, então, à avó:
- Vovó... passa bastante pomada no papai... pra ele dormir bastante, viu!
9. João Luís saiu com a Giovanna de carro e, logo, ela falou:
- Papai... eu gosto mais do seu carro... eu não gosto do carro do vovô não...
- Por que filhinha?
- Porque o carro do vovô tá sempre sujo... eu não gosto não...
10. Ao pai:
- Papai... quando eu crescer, eu quero ter um cabelo grande, grande assim...
- E quem vai cuidar do seu cabelo?
- Minha mamãe...
11. Ela chegou com um cachorrinho de brinquedo, pertinho da vovó.
O cachorrinho, de repente ficou de pé, nas duas patas. A seguir, deu uma cambalhota e continuou andando. A avó levou um tamanho susto e, depois, pôs-se a rir do tal cachorrinho...
Depois de uma volta de carro com seu pai, Giovanna estava visivelmente com sono, grudada ao seu cachorrinho de brinquedo. Seu pai falou para se deitar no banco traseiro. Deitou-se e imediatamente dormiu, abraçada ao seu inseparável cachorrinho de brinquedo. Pena que seu pai não a tenha fotografado!
A primeira cena precisava ser filmada. Esta, segunda, fotografada.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário