MEU PAI.
Meu avô ferrava cavalos.
Meu pai, não.
Ferrava rodas de carroça,
carrinho e carrocinha.
Fazia madeiramento,
Currais, mesas simples de madeira.
Sabia cubicar
e se orgulhava disso,
ele que apenas fizera
até o terceiro ano primário.
Como marceneiro,
Ainda muito jovem,
Trabalhou na Usina Junqueira
e de lá trouxe
a doença do barbeiro – Chagas –
que lhe fez viver
apenas meio século e,
coincidentemente,
morreu num salão de barbeiro.
Era 6 de outubro de 1972.
Pe. Francisco de Assis Correia.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
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